A tecnologia eliminou grande parte do trabalho braçal. A informática, o mental. Agora assistimos perplexos à derrocada de nossos direitos, tão duramente conquistados. Numa Era como a nossa, em que grassa o neoliberalismo e onde cada vez menos se tem consciência de como a complexidade do mundo nos atinge a todos individual e coletivamente, onde se pode ler sem embaraço "cada um na sua, com muita coisa em comum" numa ode ao individualismo coletivo, deixei de crer na bondade humana... Tornei-me ultra-agostiniano! ("todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos." - provérbios de Salomão) Amparado pela razão ou sem ela, o ser humano é podre por natureza. E quem crê que não é bem assim está muitíssimo enganado acerca de si mesmo, quer aceite ou não a premissa.
A figura ao lado foi uma tentativa de mostrar como a razão é importante pra afugentar nossos monstros, sejam coletivos ou individuais. Mas a 'razão triunfante' nunca bastou, humanísta. O mal jaz arraigado e tão profundamente enraizado em nossas 'doces almas' que nem o percebemos.
Alguns religiosos tentaram eliminar a causa do mal. Mas isso poderia custar a eliminação do próprio homem! Que fazer então? ("Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo." Paulo aos Romanos)
Compartilho a dor da miséria humana e da justiça e juízo vindouros de D'us! (Aos Gálatas - "Não erreis: D'us não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.").
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Há 8 horas
2 comentários:
Caro amigo
Confrade
Shirmoca
Infelizmente discordo.
Nesse mundo existe a maldade, o ato ou efeito.
E há um grave equívoco. E ele está em algumas passagens bíblicas, está na Idade Média, nos séculos seguintes... está também nos desenhos da Disney.
As pessoas deveriam aprender a distanciar o
"Mal" da "Atividade"
e o
"Bem" da "Passividade".
Eu te acho bondoso. Não da bondade de compaixão. E sim aquela essencial.
Espero seguir a mesma linha.
Mas ambos devemos atuar. Atuar de verdade.
Hoje é o Dia do Trabalho.
Milhares de homens e mulheres se foram até que alguém "se tocasse"; hoje quase todos acreditam que "viver em paz" é o bastante. Conflito de interesses. Hoje é mais fácil coagir alguém com um sorriso lacônico do que com uma arma.
Mas "viver em paz" não é o bastante. Nem o mínimo.
Desculpa a picaretagem do comentário.
Estou de mal com meu pseudo-talento...
Querido MAURO,
Penso ser bastante profícua sua réplica. Entretanto, confesso não tê-la entendido em sua profundidade e estou ainda a digerí-la!
Não esperava nem desejava passividade, por isso tentei instigar com uma provocaçãozinha.
Sim, quanto à minha resposta, não tardará, aguarde com paciência.
O que v. entende por bondade e maldade? Poderíamos começar por aqui, que tal?
Só há uma discussão frutífera se partirmos de pressupostos iguais. Então vou tentar conceituar melhor ambas as palavras e reunir meus argumentos para lhe responder como se deve.
Enquanto isso espero que outros se manifestem, igualmente convictos, seja para um lado ou outro.
Abraços meu frate!
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