domingo, 22 de julho de 2007

À la recherche du temps perdu

É impressionante como as coisas podem mudar com um pouco mais de tempo e experiência. Na verdade, isso é uma meia verdade. O tempo sozinho nada faz. Tampouco a proclamada "experiência". Sem a reflexão somos como amebas, basicamente. Há algum tempo me achava especial, intelectual e espiritualmente até. Acho que apenas não tinha passado da fase egocêntrica, comum às crianças. Aí vieram algumas pressões, comuns à vida, como a do trabalho. Perplexo me tornei um pouco daquilo que mais odiava, um zumbi, quase um operário burocrata. E tudo por causa da maldita pressão. Perdi minha individualidade, personalidade, vida... E, ironicamente, a troco de outro troco. Não é curioso? Pressão... Muda tudo! Agora, busco me reencontrar e reconhecer nesse caos ordenado. Ainda estou me buscando.

4 comentários:

L. R. disse...

vivemos todos numa eterna busca de nós mesmos.
:)

Anônimo disse...

Haverá um lugar, um momento em que essa busca termina?
Talvez ser nós mesmos seja o que há de mais difícil na nossa existência. É claro que vou tentar chegar em mim sempre, mas no momento acho que só quero encontrar o outro...

Schirmer disse...

Acho que o momento em que essa busca termina é chamado por nós comumente de morte. Não necessariamente a física, bem entendido. Pois há quem morra muito antes e vague por aí como um zumbi.

Acho que essa eterna busca de nós mesmos da qual vocês falaram NÃO É, como parece, cíclica. É antes uma espiral, entendem o significado filosófico. Critica, destrói, absorve, melhora.

Anônimo disse...

Começou citando Proust.
Graaaaande título pra obra capital, grande vontade de tentar de novo essa leitura e muita preguiça de escrever no rawl.
Tá frio hj, meus dedos estão duros.
Abraço.