A principal ferramenta do gênero é o Twitter, criado na Califórnia por um grupo de amigos interessados em compartilhar suas rotinas -- um deles, Evan Williams, foi o criador do Blogger, maior serviço de publicação de blogs do mundo, hoje parte do Google. Os microblogs têm uma característica em comum com as redes sociais, como Orkut e Facebook. No Twitter, cada usuário tem uma rede de amigos, que recebem automaticamente as postagens de seus contatos. Os primeiros a se entusiasmar com o novo sistema de publicação foram os luminares do Vale do Silício, sempre dispostos a tentar a última novidade digital. Depois o Twitter conquistou adolescentes em busca de diversão. Hoje, quase dois anos depois de lançado, o serviço já conta com quase meio milhão de adeptos -- e o número não pára de crescer. Um levantamento recente da empresa de pesquisas Forrester Research indicou que 6% dos internautas americanos adultos acessam o Twitter. "A chave dessa tecnologia é conectar a tela do computador a outra tela, a do celular", diz Peter Kim, analista da Forrester e ele próprio um microblogueiro. "O lado social da computação é uma das chaves do sucesso desse tipo de serviço."
OS MICROBLOGS SÃO UMA CONVERSA caótica, global e pública -- e é claro que as empresas querem fazer parte dela. A fabricante de computadores Dell usa o Twitter para veicular promoções instantâneas, assim como a companhia aérea JetBlue. Além disso, as marcas têm utilizado microblogs -- assim como já faziam com os blogs -- para monitorar o conteúdo relacionado a suas indústrias, a seus concorrentes e até mesmo para espiar o que se fala delas na internet. Para as empresas de mídia, o alcance crescente dos microblogs é uma maneira de levar audiência para seus sites: New York Times, CNN e BBC são apenas três grandes nomes que avisam os seus leitores da publicação de novidades em suas páginas. Até mesmo o pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama usa o Twitter para manter seus correligionários informados sobre suas atividades de campanha.
Interessadas em pegar carona na esteira do sucesso do Twitter -- que já recebeu aportes dos fundos de investimento Union Square Ventures e Digital Garage --, outras empresas de internet começam a agir em torno dos microblogs. Com o mesmo propósito surgiram no ano passado o Pownce, que permite a troca de arquivos entre os usuários, e o brasileiro Gozub, clone tupiniquim do Twitter. O Google não ficou de fora e arrematou, em outubro, por um valor não revelado, a companhia finlandesa Jaiku. Se esse será um negócio que vai dar dinheiro, ainda ninguém sabe. Todos os serviços são gratuitos e não mostram publicidade em suas páginas. Mas certamente a idéia é alcançar o mesmo poder de fogo do Blogger. O sistema foi um dos primeiros a simplificar a publicação de blogs, ganhou uma audiência enorme e, em 2003, foi vendido para o Google."
Artigo retirado da revista INFO online.
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