Goethe escreveu um poema mui lindo sobre Prometeu.....
"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)
Eu honrar a ti? Por quê?
Livras-te a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que forem parias,
não se renderão a ti como eu fiz"
O conhecimento, simbolizado nesse mito pelo elemento fogo, traz consigo a idéia de libertação da escuridão da escuridão da ignorância (bem platônico isso, não?), ao passo que aponta para o sofrido legado de eterna busca da verdade e permanente insatisfação humana com o que se alcança dela, numa relação de profundo amor-ódio.
Pensando nisso, talvez fosse Prometeu uma exemplar imagem do mito edipiano de que Freud tanto discorreu. Ao meu ver, exatamente por isso tal mito, genialmente resignificado, se tornou sua mais famosa metáfora das relações humanas primárias.
O conhecimento, simbolizado nesse mito pelo elemento fogo, traz consigo a idéia de libertação da escuridão da escuridão da ignorância (bem platônico isso, não?), ao passo que aponta para o sofrido legado de eterna busca da verdade e permanente insatisfação humana com o que se alcança dela, numa relação de profundo amor-ódio.
Pensando nisso, talvez fosse Prometeu uma exemplar imagem do mito edipiano de que Freud tanto discorreu. Ao meu ver, exatamente por isso tal mito, genialmente resignificado, se tornou sua mais famosa metáfora das relações humanas primárias.
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