quarta-feira, 25 de julho de 2007

'Chimarroníssimo'

Pedi a um amigo que foi ao Rio Grande para me trazer um dos marcantes símbolos da cultura regional. Acabou comprando também um para si, soube. Acho que me invejou, dizem-me alguns risonhos botões.

Descobri que, além de popular, há uma maneira certa de executar o processo. Nada complicado demais, apenas alguns poucos mas fundamentais cuidados, como o de não deixar a água ferver e descartar a primeira e amaríssima leva de chá-mate. Com constância e prática, creio, não há o que não se aprenda. Desde então estou a 'chimarronear', minha nova mania de inverno... Waaal!

(...)

Li anos atrás, na orelha de um livro de [Honoré de] Balzac, que [Friedrich] Engels dizia maravilhas sobre o autor, afirmando que havia aprendido muito mais sobre a sociedade francesa do século XVIII nos livros de Balzac do que aprendeu nos livros de história. Realmente. Até o mundo mineral reconhece-lhe a inegável competência e o merecido renome.

Nessa mesma chave analógica, digo o mesmo de Érico Veríssimo. O inesquecível dueto Ana Terra e Um Certo Capitão Rodrigo me ensinou imensamente, infinitamente mais do que qualquer livro de história sobre a cultura, economia e política da sociedade sul rio-grandense. Mesmo aqueles que abordaram as guerras [contra o Paraguai] e as revoltas [Farroupilha ou dos Farrapos] pelas quais passou o Rio Grande com a devida contextualização situacional e cultural, típicas da região, não raro ignoradas pelo resto de nosso país continental.

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