domingo, 29 de julho de 2007

La Bossa Nostra


Incentivado pela iniciativa dos comentários do Mauro, logo abaixo, sobre o Laurindo [Almeida], decidi por uma boa provocação:

Há a tese dogmática e muito difundida de que o movimento intitulado bossa-nova foi uma ruptura na música brasileira e até o mito de que teve uma grande produção musical.

Em que se baseia a pretensa iconoclastia desse movimento? Qual é sua história?

Confesso que não sou fã de Bossa-Nova, mas vale a discussão nesse blog que se pretende tão versátil e plural.

PS: Meu amado Chet Baker foi, por exemplo uma influência decisiva para João Gilberto no modo de cantar!

2 comentários:

mauro F disse...

A iconoclastia se deve, na minha humilde opinião, ao fato da Bossa Nova estar associada (inicialmente) ao público jovem e cansado dos boleros, fox-trots e swings que pouco diziam a seu respeito. A ruptura não foi chocante, pelo menos quando vejo que músicos da Bossa estavam abertos a várias influências. E o Jazz, ah!, esse estava em todas! Não há motivo pra ser xiita com música, ainda mais quando ela tem um bom bocado de sangue africano e é tocada com muito talento. Algumas pessoas, soube que até os universitários da época, recriminavam essa abertura da Bossa, afirmando que o Samba sim, era a música do Brasil, do povo e do morro. Quero dizer, morro já simboliza isso tudo. Até high-society daqui é favelado lá fora.
Por isso eu acho isso uma besteira. Coisa boba mesmo.
Duas exclamações minhas:
1 Há uma tese dogmática? Que feio! Isso não pode ser assim...
2 Por que você não é fã de Bossa Nova? É o estilo em que a Nara Leão melhor se enquadra!
Uai?!

mauro F disse...

Olha, meu comentário não tem bibliografia.
Portanto, se alguém quiser contestar meus argumentos, por favor, faça-o porque quero aprender mais.

Valeu!