quinta-feira, 18 de setembro de 2008

De algoz a suspeito: Gilmar Mendes no olho do furacão!

Da Folha Online

Mendes diz que laudo da PF sobre maletas da Abin é insuficiente para isentar órgão

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse nesta quinta-feira que o laudo da Polícia Federal com a conclusão de que equipamentos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não realizam grampos telefônicos é insuficiente para isentar o órgão de participação em escutas clandestinas. Mendes disse que o laudo apenas mostra que as maletas apresentadas pela agência não fazem grampos, mas não esgota a possibilidade da Abin ter outros equipamentos para realizar escutas.

"Isso diz pouco porque simplesmente diz sobre as maletas que foram apresentadas. Nós não sabemos se são todas as maletas que a Abin dispõe e se não teriam a possibilidade de fazer a interceptação. Também ninguém afirmou que essa interceptação foi feita pela Abin, pela polícia, por pessoas contratadas, o que interessa é de fato aprofundar essas investigações", afirmou.

Mendes levantou a possibilidade de "outros meios" terem sido utilizados para as escutas, sem necessariamente terem sido realizadas pela Abin. "Nós não sabemos se essas maletas foram contratadas, se outros modos foram utilizados. Nós estamos em um mundo muito complexo para que nós tenhamos uma resposta muito simples", afirmou.

Comentário

Com seus comentários, Gilmar Mendes torna-se suspeito de ter participado intencionalmente de uma fraude: o tal grampo de sua conversa com Demóstenes Torres.

Não pode existir intocável neste país. Nós estamos em um mundo muito complexo, de fato. E Gilmar tornou-se suspeito perante uma parcela significativa da opinião pública. Primeiro, ao aceitar a versão de que era a ABIN sem dispor de uma evidência sequer. Agora, por insistir na acusação. Ainda mais sabendo-se que beneficia diretamente os acusados pela Operação Satiagraha.

Está na hora de começar a ser cobrado por seus pares.



enviada por Luis Nassif

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