sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Porque peixe grande não gosta de rede!


"O que me dói é quando vejo um monte de mentirosos e corruptos se disfarçando de paladinos da ética, praticando excessos sem medida.", disse Caio Fábio certa vez (clique aqui e veja outra opinião sobre o Mensalão!) se referindo a Roberto Jefferson e cia.

Nada de diferente se aplica hoje. Agora, àqueles que se autoproclamam arautos da democracia, repudiando um suposto "Estado policialesco". O ministro do Supremo Joaquim Barbosa, por não entender, ou simplesmente não concordar, com o acordo tácito entre os ministros do STF de não se contraporem de modo explícito às propostas uns dos outros, acusou o colega Mendes de querer aplicar o famigerado "jeitinho", bem à brasileira, quando da votação da matéria então em pauta (Olha!). O resultado? Ao invés de argumentar com coerência (como era de se esperar de um cidadão que alcançou o cargo de ministro do Supremo), Gilmar se limitou a tentar descaracterizar a acusação do colega por meio da desmoralização do mesmo. Essa é a tática daqueles que representam a si mesmos, ao invés daqueles que o elegeram.

Pelo menos desde Maquivel sabemos o quão difícil é se conservar uma postura política ao mesmo tempo em que se ocupa um cargo político. Mas se conformar com a distância entre teoria e prática não pode também ser considerada fatalisticamente como saída natural para as querelas públicas.

Não entendo Lula! Mesmo com a popularidade tão em alta, não se dá ao luxo de expulsar esse Nelson Jobim e esse Gilmar Mendes de seus cargos! Não torço para que o governo se dê mal, mesmo não tendo reiterado meu voto nele na eleição passada. Mas é demais aceitar esses dois pulhas como paladinos da verdade e afastar de seus cargos pessoas de reputação profissional ilibadas como foi o caso que o Nassif narra:

"Não sei por que, mas o evento da Abril me lembrou aquela cena épica de Francis Ford Copolla, o fecho do filme. Enquanto todos estão na grande ópera, os inimigos são fuzilados na calada da noite.

Na grande festa foram selados os destinos do delegado Protógenes e Paulo Lacerda, dois funcionários públicos cumpridores da lei. Anotem os nomes deles e os repassem para seus filhos e netos: foram dois brasileiros dignos, sacrificados por um jogo sujo."

Viver no Brasil é como ver novela! A diferença é que não há qualquer garantia de que o bem vença ao final da trama.

Um comentário:

mauro F disse...

Ah. Márcio Lacerda, a encarnação do Demo(crata, 25) é mensaleiro.

Cuidado, muito cuidado.